A coqueluche uma doença infecciosa também conhecida como Pertussis – devido ao nome da bactéria causadora, Tosse Comprida e ainda Tosse Convulsa.  É uma doença infecciosa e, portanto, transmissível. É responsável por acometer as vias respiratórias.

A gravidade da doença varia de acordo com a idade, o estado de geral e a maior ou menor sensibilidade de cada pessoa ao vírus.  A doença se torna extremamente grave quando infecta lactantes e bebês com idade inferior a dois meses de vida, pois podem ter as vias respiratórias completamente obstruídas, pelo muco produzido, não conseguindo respirar – o que pode ser fatal!

Causas

Acontece principalmente pelo contato direto da pessoa infectada com uma não vacinada, pelas gotículas de saliva expelidas e lançadas ao ar através da tosse, do espirro ou, simplesmente, ao falar.  A Coqueluche também pode ser transmitida pelo contato com objetos contaminados pelas secreções do doente – é uma doença especialmente transmissível na fase catarral e em locais com maior aglomeração de pessoas.

Período de incubação

Demora cerca de sete a quatorze dias para que os primeiros sinais da doença se manifestem. Inicia-se com uma coriza, podendo ser confundida com um simples resfriado, mas depois ocorrem acesso de tosse seca, deixando a pessoa sem fôlego e ao tentar recuperá-lo um chiado alto e estridente é emitido. A coqueluche se desenvolve em três fases sintomáticas.

Fase catarral

Apresenta manifestações e sintomas respiratórios leves que podem ser confundidos com a um simples resfriado. Podem surgir:

  • Febre
  • Coriza
  • Cansaço
  • Rinorreia – presença de muco nas vias respiratórias
  • Mal-estar
  • Cianose de extremidades – mãos e pés de coloração azulada

Fase aguda

  • As crises de tosse cessam devido às sucessivas inspirações forçadas e prolongadas.
  • Surgem náuseas e vômitos, fazendo com que o paciente tenha dificuldades para se alimentar, beber, comer e ou respirar.

Fase grave ou convalescença

  • As crises respiratórias desaparecem, dando lugar à tosse comum.
  • Surgem sinais de desidratação.
  • Pneumonia.
  • Convulsões.
  • Lesão cerebral.

Tratamento

Não existe tratamento específico para a Coqueluche. São prescritos antibióticos, pelos médicos, com o objetivo de reduzir o contágio da doença – já que são medicamentos eficazes contra infecções bacterianas.  Alguns cuidados como repouso, ambiente arejado, ingesta hídrica e boa alimentação apressam o processo da cura.

Vale ressaltar que medicamentos como xarope não são recomendados para combater a Coqueluche, pois não surte qualquer efeito. Portanto, a melhor forma de evitar a doença é através da vacina.

A Tríplice – vacina contra a Coqueluche, Tétano e Difteria é administrada em três doses iniciais durante o segundo, quarto e sexto mês de vida, respectivamente. Posteriormente a criança recebe outra dose aos dois anos de idade.  Devido à pouca durabilidade de proteção, pela vacina que não protege por mais de dez anos, é recomendável que durante a adolescência seja feita uma nova aplicação com um reforço administrado, posteriormente, a cada dez anos.

No caso de gestantes, especificamente, o reencontro com a vacina deve acontecer na vigésima sexta semana gestacional. E, apesar de não conferir imunidade total, o emprego da vacina deve ser uma obrigatoriedade, pois mesmo que não evite a doença, torna sua evolução mais benigna.