A gripe também conhecida como influenza é uma infecção, causada por vírus, que se instala no organismo, se multiplica e pode afetar vários órgãos do corpo. O ser humano inala, por hora, aproximadamente 100 litros de ar. E, juntamente com o ar aspirado, milhares de microrganismos patogênicos ávidos para encontrar um local favorável ao seu desenvolvimento e, consequentemente, causar doenças.
A gripe, diferentemente dos resfriados – que são causados por mais de 200 tipos de vírus diferentes, possui um mecanismo mais complexo desenvolvidos por vírus mais agressivos que migram para a corrente sanguínea e se espalham por todo o corpo causando uma série de sintomas como, por exemplo, as dores musculares.
Todos os anos, com a chegada do inverno e a eventual queda de temperatura, aguarda-se sempre que o vírus influenza, causador da gripe, comece a circular entre as pessoas.
Em 2009 houve uma pandemia, no Brasil, causada pelo já tão conhecido vírus H1N1 que, a partir de então, ficou conhecido, popularmente, como gripe A ou gripe suína. Mas existem outros subtipos de vírus A – como o H3N2, por exemplo. E, nos dias atuais o vírus H1N1 já é considerado um vírus comum.
O H3N2 é um vírus que afeta, mais comumente, espécies como suínos e aves. No entanto, a transmissão entre pessoas também é possível. Dessa modo o H3N2 fica conhecido como vírus variante. Vale ressaltar que não existe vírus H2N3, conforme relatos falsos, que circulam na internet – a variante H2N3 não circula entre a população humana. O vírus circulante do momento é o H3N2.

Neste ano além do vírus tipo H1N1, alguns Estados brasileiros já registraram os primeiros casos de infecção viral, em humanos, causado pelo H3N2 – uma versão atual do vírus influenza que, alarmou toda a população dos Estados Unidos após infectar e matar mais de 47 mil pessoas, entre idosos e crianças, no último surto. Vide foto acima.
Foram registrados, também no Brasil, casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, em inglês) – doença respiratória viral grave, também conhecida como Pneumonia Asiática. Os sintomas se assemelham aos da gripe, apesar de mais severos. A SARS é provocada por um coronavírus, mas também pelo vírus H3N2.
E, segundo relatos da direção da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a circulação do vírus H3N2, no Brasil, não é novidade, pois já circula há algum tempo. A secretaria reforça que a vacina deste ano, protege tanto contra o H1N1 quanto contra o H3N2 já que a vacina contém o imunizante do vírus H1N1, do H3N2 e também um subtipo do influenza B em sua composição.
Não é possível prever se a ocorrência do vírus H3N2, no Brasil, será semelhante ao surto acontecido nos Estados Unidos, já que no inverno o frio, no continente norte americano, é muito mais intenso que no inverno brasileiro. No entanto, por ser uma gripe sazonal, a vacina contra o vírus influenza será fornecida gratuitamente aos grupos de risco, que são considerados prioritários, durante os meses em que a doença apresenta um maior índice de incidência – maio e setembro.
Veja o calendário deste ano e tome sua dose!
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza teve início no dia 23 de abril e continuará até o dia 1 de junho. Devem ser vacinadas pessoas acima de 60 anos de idade, profissionais da área de saúde, professores da rede pública e privada, indígenas, gestantes, puérperas até 45 dias após o parto e crianças entre 6 meses e menores de 5 anos de idade.
O Ministério da Saúde informa que existem mais de 54 milhões de brasileiros dentro desse grupo de risco. E, que além desse grupo, pessoas com doenças crônicas como o diabetes e outras condições de saúde, como asma e rinite, também devem receber a vacina.
O restante da população também pode se vacinar, no entanto, para isso será necessário desembolsar, pela dose da vacina na rede privada, o valor de cem a duzentos reais aproximadamente.
O diferencial na distribuição entre a rede pública e privada está na versão do imunizante. Enquanto a rede pública distribui a versão trivalente, as redes privadas distribuem a versão tetravalente – que consiste na adição de um outro tipo de vírus na composição do imunizante – o B Yamagata, cuja função é resguardar contra o tipo B Victoria – o que eleva ainda mais o nível de proteção da vacina.
Sintomas da gripe
Além de outros como:
- Dor de garganta
- Tosse com duração de até duas semanas
- Fraqueza
- Diarreia, muito incomum, acontece com crianças
- Falta de apetite
Muitas pessoas apresentam complicações graves por não reconhecerem os sinais característicos da influenza como algo importante, interpretando a doença apenas como um simples resfriado ou gripe comum.
Dicas de prevenção
A transmissão do vírus da gripe acontece através do contato direto com secreções das vias respiratórias que são eliminadas, por pessoas infectadas, ao tossir ou falar. Também pode ocorrer através das mãos e de objetos contaminados ao entram em contato com a boca, os olhos ou o nariz.
Logo, cuidados simples, como não apertar a mão de pessoas, enquanto estiver com gripe, ajudam, em muito, na prevenção.
Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, escova de dentes ou toalha.
Evite tocar as mucosas de boca, olhos e nariz nos dias gelados,
Não utilize lenços de tecido para assoar o nariz. Dê preferência aos descartáveis.
Na rua, espirrar, tape a boca com a dobra do cotovelo em vez de usar as mãos.
Abra as janelas de casa para o ar circular.
A vacinação é a estratégia mais importante para evitar novos surtos de infecção da gripe, pois os vírus causadores da doença sofrem mutações frequentes e circulam pelo mundo. Por esse motivo os subtipos da gripe, inclusos no imunizante, também mudam.
Vacine-se e diga adeus às complicações do Atchiiim!